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terça-feira, 3 de junho de 2014

Besta (arma)

A besta (pronuncia-se bésta1 2 3 ), balestra ou balesta é uma arma com a aparência de uma espingarda, com um arco de flechas acoplado no lado oposto da coronha, accionada por gatilho, que projecta dardos similares a flechas, porém mais curtos. Ela foi bastante usada no século XVI e chegou a coexistir com e depois foi substituída pelos arcabuzes e mosquetes, as primeiras armas de fogo. Hoje, continua a ser fabricada, pois é usada por caçadores em algumas partes do mundo. Alguns modelos sofisticados também são utilizados por forças especiais.
A palavra besta, que deriva do latim tardio ballista, deu origem às armas de guerra que são a balista e a besta 4 .
  • Besteiro é o nome dado a um soldado armado com uma besta 4
  • A uma besta fixa e pesada chama-se balista.

Histórico

A besta é um arco mecânico cujas lâminas são apoiadas num suporte de madeira paralelo à flecha. O mesmo suporte ajuda a reter a corda tensionada com a flecha, até o momento do disparo. Quando o disparador é acionado, o suporte liberta a corda do arco. A besta permite a um atirador um disparo mais potente do que teria com um arco comum, uma vez que o seu tensionamento não depende da capacidade física do atirador. O suíço Guilherme Tell, para se livrar da prisão, teve que atirar uma flecha numa maçã colocada sobre a cabeça do próprio filho. Tratava-se de uma ordália, ou prova divina de sua inocência (caso acertasse) ou culpa (se errasse), no conceito do direito medieval europeu. As bestas são lentas a recarregar, o que limita o seu uso em batalhas de campo aberto. Em cercos, esta fator não é uma desvantagem significativa já que os besteiros se podem esconder ao recarregar a arma.

Origens

Acredita-se que a besta foi criada muito antes da era cristã pelos chineses. Desde o século III a.C., que a besta (nǔ, 弩) está totalmente desenvolvida e o seu uso difundido na China5 . Encontraram-se em Xi'an bestas entre os soldados do exército de terracota no túmulo do imperador Qin Shi Huangdi (260 a.C.-210 a.C.)6 . Leonardo da Vinci chegou a desenhar a besta, porém não a fabricou. As verdadeiras origens desta arma são controversas e de difícil conclusão já que muitos povos a utilizaram em pequena e grande escala. A besta tinha diversas variações e tamanhos para os diferentes projécteis que podiam ser atirados, sendo os mais comuns as próprias flechas e o quadradelo de aço que continha uma ponta semelhante a uma pirâmide, que facilitava a entrada na carne ou armadura inimiga.

Cavaleiro francês do século XVI armado com uma besta.

Já havia registos desta arma na Roma Antiga antes e depois da era cristã, como arma de caça ou de guerra. Na Europa, também há vários registos, inclusive na Guerra dos Cem Anos onde os besteiros genoveses deram apoio à França contra a invasão da Inglaterra. Porém foi mal sucedida, pela fraca estratégia usada pelos franceses e pelo baixo número de guerreiros que utilizavam a arma. Nesta época, entre os século XIV e século XVI, as bestas tinham um alcance considerável, cerca de 100 passos 4 (entre 230 e 250 metros de distância), e pesavam entre cinco a sete quilogramas enquanto o arco longo inglês tinha um alcance entre 180 e 200 metros, o que dava vantagem à besta. Porém, a mesma tinha um intervalo muito grande entre os disparos: o besteiro tinha de colocar um novo quadradelo na haste, enrolar então a corda com uma alavanca que se encontrava na parte anterior da arma, até ao ponto certo para o novo tiro, o que, além de requerer muita força física, demorava cerca de dois a cinco minutos, tempo que não se tinha na guerra contra os arqueiros ingleses, apelidados de Arlequim, que significa demónio. Eles conseguiam atirar facilmente cerca de cinco flechas no curto espaço de vinte segundos; além disto, o besteiro estava sempre acompanhado de um segundo homem que carregava um pavês - escudo comprido feito de carvalho e salgueiro que era usado para defender o besteiro dos ataques de flechas inimigas nos momentos em que ele carregava a sua besta, o que era sempre feito atrás deste escudo. A besta tinha força suficiente para atravessar a maioria das armaduras da época, como cotas de malha e algumas armaduras leves de placas, a uma boa distancia. Porém havia outras bestas chamadas leves, que não tinham o mesmo alcance e potência, sendo usadas principalmente na caça.
O uso da besta na guerra na Europa é evidente desde a Batalha de Hastings (1066), até por volta dos anos 1525. Elas substituíram quase completamente os arcos curtos e longos de madeira em muitos exércitos europeus no século XII. Embora um arco longo alcance uma precisão comparável e um ritmo de tiro mais rápido do que um tiro médio de um besta de arco de madeira, ou de arco composto (um arco laminado construído de madeira, osso ou chifre, e tendões de animais), as bestas libertam mais energia cinética e pode ser utilizada de forma eficaz após uma semana de treino, enquanto a habilidade de um tiro comparável com um arco longo leva anos de treinamento de força, para superar o empate e a força do arco, bem como anos de prática necessária para o utilizar com habilidade. Nos exércitos europeus, os besteiros montados e desmontados, misturados com os fundibulários, os lançadores de dardos e os arqueiros, ocupavam uma posição central em formações de batalha. Normalmente, eles atacavam antes dos cavaleiros. Os besteiros também eram importantes em contra-ataques para proteger a infantaria. Junto com as armas de haste feitas a partir de equipamentos agrícolas, a besta também era usada por camponeses rebeldes, como se mostrou na revolta dos Taboritas no século XV, uma comunidade religiosa na região da Boêmia, considerada herética pela Igreja Católica. Os cavaleiros equipad
A besta chinesa tem uma variante bastante interessante, a que foi chamada besta de repetição, e que consistia em uma única arma poder lançar de cinco a dez projécteis de uma só vez, mas era uma arma para grandes exércitos, pois necessitava,no mínimo, dois homens para carregá-la e armá-la (um homem sentado no chão esticando a corda com os pés para o alto enquanto o segundo carregava e orientava para a execução do tiro). Era uma arma para grandes quantidades de tiros e muito útil contra exércitos, onde eram atiradas milhares de flechas no ar que caiam sobre o campo inimigo, que podia estar até 350 metros do tiro e, após a violência do ataque das bestas, podiam fazer os ataques por terra, já com os exércitos inimigos praticamente derrotados pelo imenso poder da rajada desta arma.
Uma variação da besta de repetição chinesa foi criada na Europa por volta do século XIII, consistia numa besta maior com cerca de quinze a 25 quilos que continha um encaixe para até sete quadradelos, que eram atirados com um pequeno intervalo de dez a quarenta segundos o que a tornava bastante eficaz. Porém ficou obsoleta logo em seguida devido ao peso e ao grande tamanho, que dificultava muito o transporte e uso da mesma, que demorava também de cinco a dez minutos para recarregar, tinha muitos defeitos mecânicos, emperrava muito facilmente, tinha um alcance muito pequeno, menos de trinta metros, necessitava de dois ou mais ajudantes para transportar, apontar, recarregar etc e pouca força contra as armaduras da época. Foi desconsiderada logo após a criação e como muitas armas, virou uma arma mais de decoração para ficar pendurada em paredes ou pequenas competições de tiro ao alvo não sendo uma arma para batalhas ou guerras pelo seu mau desempenho e dificuldade de uso e transporte.
A besta de repetição teve uma nova chance no século XVII com a melhoria considerável da mecânica e dos ferreiros, porém foi novamente descartada pelo auge das armas de fogo que estavam bastante avançadas comparadas com as primeiras criadas, sendo novamente apenas produto de decoração ou competições e caça.

Informações complementares


Besta
  • A besta tem esse nome por causa da proibição papal de utilizá-la contra outro cristão. Em regiões onde essa ordem não foi ouvida, ela tem outros nomes (como o inglês crossbow, literalmente "arco em cruz").
  • No armeiro anexo ao Arsenal de Veneza, está exposto um belo e raríssimo exemplar da besta-garrucha.
  • Os projécteis das Besta eram dardos comuns, mas muito frequentemente, eram ainda flechas de cabeça quadrangular (como o ferro em pirâmide) ou botão, com pontas e excrescências; algumas vezes, também, eram lançadas setas incendiárias.
  • Naturalmente, cada besta era carregada de maneira diferente e, assim havia vários tipos dessa arma.
  • A besta de gancho é assim definida por causa do gancho pendente do punho do besteiro. Com isso ele puxava a corda até conseguir esticá-la o quanto necessário.
  • As manuais ou portáteis, que eram carregadas e manejadas por um só homem, a pé ou a cavalo, distinguiam-se das "pesadas", que eram postas sobre bancos ou cavaletes, para a defesa das muralhas, ou para serem usadas nos campos de batalha.
  • A arma é dotada, ainda de uma espécie de coronha que o besteiro apoia de encontro ao ombro quando faz a mira e, na extremidade oposta, de um estribo, ou gancho, em que o besteiro enfia um pé para segurar a besta e armá-la puxando a corda para cima, tal como ilustrado na figura de Viollet-le-Duc acima.
  • Durante um certo período, bestas e arcabuzes figuraram lado a lado até que, em 1630, num edital do Papa Urbino, aparece a última e melancólica referência à arma que assinalara uma época com a qual estava destinada a desaparecer.

Besta gigante desenhada por Da Vinci.
  • Durante o Segundo Concílio de Latrão, foi emanada um disposição, mediante a qual foi severamente proibido o uso da Besta entre adversários cristãos, ao passo que continuava permitido, de parte destes usá-la contra os infiéis.
  • Tal proibição foi tranquilamente ignorada por Ricardo Coração de Leão, que dotou os seus exércitos de infantaria, em 1198, infringindo, também, o "breve" (ato pontifício) de Inocêncio III, que apoiava as precedentes providências, definindo como "micidial" (mortífera) a arma em questão.
  • As bestas utilizadas pelos chineses, na maioria das vezes, eram feitas de prata.
  • A Besta Gigante sobre Rodas foi um projeto de Leonardo da Vinci. Ele chegou a desenhar a besta, porém não a fabricou. A besta gigante era um desenho de tanque de guerra futurista, só que usava como munições flechas ou similares.

Gelatina balística

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Gelatina balística é tipo de solução gelatinosa que tem por objetivo simular a densidade e a viscosidade do tecido muscular humano para analisar o impacto do projétil sobre ele. Muito usado para perícias, a fim de recriar as cenas de crimes, analisar os danos causados por projéteis ou até mesmo golpes sobre o corpo.
É importante o estudo prático do processo de criação da gelatina para que o aluno de investigação criminal ou forense possa acostumar-se com a técnica, vale lembrar que as instruções dadas aqui são para o processo de criação de uma gelatina balistica caseira de baixo custo e que não se pode comparar a qualidade dessa gelatina com a profissional utilizada pelos investigadores. Vale lembrar também que a gelatina imita a consistência de órgãos e carne de animais, faltando então a pele que tem uma maior resistência e pode variar a ação de stopping power do Projétil.

Modo de preparo para uma gelatina balistica caseira

  1. Esquente 250ML de água até começar a ferver;
  2. Desligue o fogo e coloque na água quente:
  3. Misture até virar uma mistura homogênea;
  4. Após este processo, coloque a gelatina em alguma fôrma untada com algum tipo de óleo lubrificante ou silicone, e leve para gelar em geladeira, na faixa de umas 7h30m dependendo da potência da geladeira. A gelatina irá ganhar a consistência desejada.
  • Glicerina pode ser comprada em fármacias e mercados.
  • Gelatina Sem-Sabor pode ser encontrada em mercados.
  • Você pode também incluir corante caso queira que a gelatina tenha alguma cor em especial.

Carabina de pressão

Carabina de pressão - conhecida no Brasil como espingarda de pressão, é o termo utilizado para denominar armas que não usam cartuchos explosivos, e que apenas são alimentadas pelo projétil - de chumbo, na maioria das vezes - , que é impulsionado pela pressão do ar comprimido gerada por uma mola, por um pistão a gás , por um reservatório interno de ar comprimido ou CO2. Essas armas geralmente são capazes de dar apenas um tiro a cada recarga.
Devido à grande restrição legal para aquisição e porte de armas de fogo no Brasil, o comércio de armas de pressão vem aumentando muito, incluindo um reavivamento da indústria nacional, que voltou a produzir tal classe de armamento (como CBC, Rossi, Urko , etc). Hoje já existem no país muitos campeonatos regionais e nacionais, inclusive de modalidades que se aproximam do Field Target.

Uma espingarda de pressão
Esquema do funcionamento de uma arma de ar-comprimido tipo Airsoft com funcionamento à motor elétrico (AEG).

Finalidades

Também conhecidas como espingardas de chumbo , as carabinas de pressão têm um calibre reduzido (geralmente o calibre 4.5mm (0,177 polegadas) ou 5.5mm (0,216 polegadas)) e uma força de impacto menor. Suas mais expressivas aplicações são no tiro desportivo e na caça a animais pequenos, como lebres, coelhos e pássaros. No entanto existem no mercado carabinas de pressão de calibres maiores podendo chegar ao .50 e similares , onde a massa de tais projéteis chegam a 225 grãos( Grains - 1 grain = 0,06 gramas) , enquanto a massa de um projétil em calibre .177 dificilmente passa de 10 grãos .
Como modalidade esportiva as carabinas de pressão têm sido utilizadas de diversas maneiras. Dentre suas diversas modalidades reconhecidas pela CBTE destacam-se o Papel 10m , onde o atirador deve posicionar-se em pé a 10 metros distante de um alvo de 14x14cm utilizado oficialmente nas provas de Pistola de ar 10m .Essa modalidade nada mais é do que a adaptação da modalidade olímpica de Carabina 10m , porém com o alvo de Pistola 10m e restrições para tipo de arma , calibre , posição e acessórios . O ganhador nessa modalidade é aquele que somar mais pontos. Outra modalidade esportiva no tiro com armas de pressão é o chamado Field Target, o qual simula uma caçada. Utiliza-se alvos fixos que simulam animais pequenos em escalas , feitos em aço , com um circulo no centro também de aço que ao ser atingido proporciona a queda do alvo. Pode-se utilizar anéis de diferentes diâmetros para modificar a dificuldade do tiro , tais anéis limitam a passagem do projétil até o circulo que derruba o alvo .

Modalidades

Papel 10m

Modalidade quase que exclusiva dos praticantes de tiro brasileiros , por se tratar de uma adaptação de duas modalidades olímpicas , porém com equipamento de fácil acesso a todos . O intuito da modalidade é agregar novas pessoas ao esporte e abrir portas para atiradores amadores virem a investir posteriormente na modalidade olímpica da qual o Papel 10m surgiu . Consiste em utilizar o alvo oficial de Pistola 10m ( modalidade olímpica ) , seguindo regras básicas da modalidade de Carabina 10m , com algumas alterações segundo a CBTE , para que o Papel 10m ficasse acessível aos atiradores iniciantes ou jovens e em que não se fosse preciso investir em armas olimpicas as quais possuem alto valor comercial devido à engenhosidade das mesmas . Ao iniciar nesta modalidade o atirador deve posicionar-se 10 metros distante do alvo , munido de uma carabina de pressão da categoria springer e projéteis em calibre .177 ( 4.5 mm ) . São efetuados 30 disparos , sendo 5 disparos por alvo e cada alvo tendo uma pontuação maxima possível de 50 pontos , totalizando assim 300 pontos possíveis .

Silhueta metálica

Prova de tiro que consiste em acertar alvos metálicos em formatos padronizados de 4 animais ( galinha , porco , peru e carneiro) , também se trata de uma modalidade adaptada para as carabinas de pressão , que teve como molde o Small Bore , que segue os mesmos princípios e regras , mudando apenas o armamento utilizado , visto que na prática de Small Bore são utilizadas armas de fogo circular , como o famoso calibre .22lr . Com o objetivo de incentivar o esporte do tiro e agradar os gostos daqueles que preferem ver um alvo cair a furar alvos de papel , a Silhueta é hoje uma modalidade abrangente e praticada por muitos . Os alvos ficam dispostos em distancias diferentes de acordo com o animal que a silhueta representa e as distancias são padronizadas pela CBTE para facilitar a prática e esclarecimento das regras em diferentes regiões do Brasil . As distancias assim como o tamanho dos alvos variam de acordo com a escala que foram feitos os animais , existe a escala real , em que os alvos possuem tamanhos próximos aos reais , no entanto as carabinas de pressão não são capazes , com suas relações de massa do projétil x velocidade do projétil ( energia transferida ao alvo ) , de derrubar silhuetas em escalas reais , portanto há provas em que os animai representam 1/10 da escala real , tanto em tamanho dos bichos como em distancia do atirador , e a escala 1/5 da real .

Field Target

Modalidade que preza pela simulação de uma caçada , normalmente praticada ao ar livre em territórios delimitados e previamente analisados quanto a segurança , podendo também ser praticada em clubes de tiro ou campo aberto , seguindo as normas de segurança necessárias . Os alvos dessa modalidade são feitos em 3 partes de aço , sendo elas uma base para que o alvo possa ser colocado e fixado em superfícies , a estrutura frontal do alvo é uma placa de aço recortada no formato desejado , normalmente seguindo desenhos de passaros , esquilos e outros animais , com uma abertura no centro para a passagem da munição , que é o alvo em si . Ao passar por esse centro , o projétil atinge um circulo de aço , apoiado por uma haste , derrubando o conjunto e sendo assim considerado um acerto limpo na modalidade.
As armas com as quais se pode competir na modalidade são da categoria springer e PCP's , dependendo do calibre da mesma - devido à transferência de energia do projétil para com o alvo , com o intuito de evitar danos aos alvos do clube .

A munição

As carabinas de pressão utilizam como munição um pequeno projétil popularmente conhecido como chumbinho. Existem várias fabricas de chumbinhos e vários modelos como, cabeça redonda ("domed"), cabeça oca ("hollow-point"), cabeça pontiaguda ("pointed") e cabeça chata ("match")que é o mais usado em competições por ser o mais preciso em curtas distâncias. O chumbinho é introduzido na culatra do cano, cujo tamanho varia de acordo com o modelo e a fabricante. A maioria dos fabricantes de carabinas de pressão fabricam ou comercializam chumbo com suas marcas, entre os mais conhecidos tem-se: Crossman, Beeman, RWS, JSB, Gamo, Norica, H&N, etc.
As armas de pressão tem uma peculiaridade em relação à munição: cada arma atira "melhor" (com mais precisão) com certo tipo de chumbinho. Esta variação é de arma para arma, independente de marca. Portanto, é preciso sempre testar a arma com diferentes marcas, tipo e peso de chumbinho.

A mira

Miras abertas

Também conhecido como alça (a parte mais próxima do olho) e massa (a parte mais próxima da "boca do cano) de mira.
A maioria das carabinas de pressão possui uma mira regulável e que deve ser calibrada antes do uso. O tipo de mira varia de acordo com a arma. A parte regulável consiste em uma chapinha de aço ou ferro, que desliza sobre uma rosca ou um trilho, e que se alinha com a alça que se encontra no fim do cano. Muitas das miras abertas são feitas com insert de fibra óptica, a alça de mira com 2 fibras, e a massa com apenas uma. Para mirar basta coincidi-las.

Miras fechadas

São as lunetas de mira, ou simplesmente lunetas.
São aparelhos ópticos de visão, compostos por um tubo de metal com lentes nas extremidades, normalmente aumentando a imagem visada (zoom) e diminuindo o campo de visão. As são dotada de um retículo central, cujo modelo pode variar de um simples ponto vermelho a desenhos que ajudam a calcular a distância do alvo, para uma melhor correção de trajetória.

Colimadores a laser

É uma espécie de ponteira que se coloca dentro do cano, e ela projeta um raio laser que marca o ponto de impacto da arma em linha reta, devendo o atirador regular a alça de mira aquele ponto.

O desenho

Como são armas desenvolvidas para o lazer, as carabinas não são desenhadas para proporcionar o máximo de leveza ou durabilidade, embora elas possam ter uma vida útil de mais de 30 anos, com os cuidados corretos. São geralmente feitas de aço e madeira, e utilizando-se bastante de peças usinadas. As coronhas, de madeira, são feitas ainda artesanalmente, sendo que o mecanismo de aço se encaixa sobre ela, sendo afixado por parafusos. Seu preço baixo se deve à sua simplicidade (em geral, as carabinas de caça não têm mais que 35 peças) e pouca necessidade de manutenção (basta uma lubrificação interna e uma revisão das peças do mecanismo interno de tempos em tempos). Seu design ergonômico facilita a operação, o que torna-as armas adoradas por seus usuários. Entretanto, elas não têm condições de agir em combate aberto, já que são relativamente mais pesadas e necessitam de recarga após cada tiro.
Os principais fabricantes no Brasil são a Rossi e a CBC. Recentemente a Rossi optou por importar produtos mais modernos do exterior, para substituir as antigas e defasadas linhas de produtos. A CBC também optou por impotar alguns modelos para ganhar a competibilidade, mas do mesmo modo, mantem sua fabricação em massa no país.

PCPs

São as armas com tanque de ar comprimido. PCP é a sigla para Pre-Charged Pneumatic ou, numa tradução mais livre, Pressão Pré-Carregada. São as armas de pressão mais potentes ("Super Magnum"), que chegam a utilizar munição de diâmetro até .50" e trabalhar com pressões de até 3200 psi. Os tanques dessas armas são enchidos com compressores de alta pressão (que enche cilindro de mergulho) ou bomba manual.
Estão reputadas entre as mais precisas e potentes armas. A precisão é devida a ausência de vibração de uma grande mola sendo liberada e a potência é devida à grande pressão de trabalho destas armas. Atualmente todas as armas para competição de tiro olímpico] são PCPs.
Como ponto negativo deste sistema de alimentação temos: a alta complexidade mecânica destas armas e a dificuldade de reabastecimento de seus tanques de ar comprimido.
As principais fabricantes deste tipo de arma são as chinesas BAM, as Daystate britânicas, e as Weihrauch, Anschutz e Fewinwarkbau alemãs. Há um projeto em construção de se fabricar uma PCP brasileira pela empresa Harpia.

CO2

São armas pré-carregadas que, diferentemente das PCPs "normais", utiliza gás CO2 comprimido ao invés de ar atmosférico comprimido. A maioria das armas desse tipo utilizam cápsula de 12g de CO2 comprimido. Algumas já utilizam uma nova forma de comercialização de CO2 comprimido: cápsulas de 88g.
São armas praticamente sem recuo, geralmente de média potência. O ponto fraco deste sistema de alimentação é a dependência dos cartuchos de CO2 (os de 12g já são bastante comuns no Brasil, mas o de 88g não). Outro ponto negativo é a variação da velocidade inicial dos chumbos conforme a variação da temperatura ambiente (produzindo disparos mais potentes com temperaturas ambientes mais altas, e vice-versa).
Existem PCPs a CO2 com cilindro fixo (como as argentinas Menaldi), podendo ser enchido em empresas de recarga de extintor de incêndio. No entanto a velocidade ainda varia com a temperatura ambiente (uma propriedade do gás CO2).
As principais fabricantes deste tipo de arma são as norte-americanas Daisy e Crosman.
Os donos deste tipo de arma devem se atentar para não recarregar um cilindro de CO2 com ar-comprimido, devido à grande diferença de pressão interna suportada pelo cilindro de CO2, podendo acarretar grave acidente.

Springers

São as armas que geram pressão interna através de uma mola helicoidal, que é comprimida pela ação de basculação do cano (ou de uma alavanca auxiliar nas armas de cano fixo, como a Gamo CF-X) , armazenando assim a energia que resultara no disparo . Liberada pela ação do gatilho, esta mola volta à sua conformação original, empurrando um êmbolo dentro da câmara, o que gera a pressão , transformando a energia armazenada anteriormente em energia cinética para que o projétil saia do cano .
As armas por ação de mola podem ser bastante potentes, no entanto, geralmente, quanto mais potente, mais vibração a mola principal irá transmitir ao conjunto arma/atirador, prejudicando a precisão.
Seu ponto forte certamente é a facilidade de uso (basta bascular o cano, municiá-lo com um chumbinho, fechar e a arma está pronta para disparar) e a simplicidade mecânica (o que encoraja a modificação da arma, fazendo com que as armas por ação à mola sejam as mais pesadamente modificadas). Como negativo pode-se apontar: a precisão (prejudicada pela vibração da mola) e a incapacidade de atingir altíssimas potências.
São as armas mais comuns no Brasil, devido ao baixo custo de construção. Não é o único tipo de arma fabricado no país, existem também fabricações nacionais de armas de fogo.

Gas Ram

Uma das modificações mais comuns feitas em armas por ação de mola, é a substituição da mola helicoidal por um pistão a gás. Este pistão funciona como um amortecedor às avessas (feito para alta velocidade e não amortecer impactos): pela ação de basculamento do cano o pistão é comprimido, sendo liberado pelo gatilho, gerando pressão na câmara ao empurrar o êmbolo. Esta modificação já é amplamente divulgada no Brasil, O pioneirismo no sistema é da SMS Airguns, com várias lojas já vendendo o gas-ram (pistão a gás) com tamanho próprio para instalação nas armas mais populares do Brasil (CBC, Gamo, etc).
Como grande vantagem deste sistema de alimentação tem-se a eliminação de vibrações da mola principal, mantendo-se a simplicidade mecânica das armas de ação por mola. Outra vantagem a se considerar á a durabilidade: o pistão à gás mantém sua tensão inicial por muito mais tempo do que uma mola de metal, que acaba se deformando com o uso.

Legislação

De acordo com a Portaria n° 36-DMB, de 09 de dezembro de 1999, (norma que regula o comércio de armas e munições aprovada pelo Ministério da Defesa e Exército Brasileiro) armas de pressão por ação de mola, com calibre igual ou inferior a 6mm, não são armas de fogo.
Portanto:
  • não necessitam de registro para sua aquisição, porém sua venda só é permitida a maiores de 18 anos com a devida comprovação;
  • não necessitam de guia de tráfego para transporte e deslocamento;

Excerto da Portaria n° 36-DMB/99

TÍTULO II
NORMAS PARA AQUISIÇÃO DE ARMAS E MUNIÇÕES DE USO PERMITIDO, POR CIVIS, MILITARES E POLICIAIS
CAPÍTULO VII
Da Venda de Armas de Pressão
Art. 16. As armas de pressão, por ação de mola ou gás comprimido, não são armas de fogo, atiram setas metálicas, balins ou grãos de chumbo, com energia muito menor do que uma arma de fogo.
Art. 17. As armas de pressão por ação de mola, com calibre menor ou igual a 6 (seis) mm, podem ser vendidas pelo comércio não especializado, sem limites de quantidade, para maiores de 18 (dezoito) anos, cabendo ao comerciante a responsabilidade de comprovar a idade do comprador.

 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Fabricantes de armas de fogo

Tipos de armas de fogo

As armas de fogo, podem ser divididas em armas de artilharia, se a operação envolve vários homens e a arma é dirigida não a um único adversário, como canhões e obuseiros e armas de fogo portáteis como pistolas, fuzis, submetralhadoras e metralhadoras onde as armas podem ser usadas ​​e tomadas individualmente. Por definição, deve ser de um tamanho inferior a 20 mm, e pesar menos de 20 kg e ter balas de fogo inertes.
Abaixo estão listados os diversos tipos de armas de fogo usados pelos exércitos, tanto atuais quanto antigos:
Diversas armas de fogo com silenciadores.

Tipos de projéteis

Os primeiros projéteis utilizados eram bolas inertes de ferro fundido ou de pedra. Então, para as armas de menor calibre eram utilizados no tiro (pequenos pedaços de ferro ou chumbo). São atualmente utilizados projéteis encapsulados em uma jaqueta contendo tanto a parte útil (o projétil), quanto a propulsão (explosão mistura) e um gatilho inicia-lo. Uma arma é compartimentada para munições definidas estritamente quanto a forma e as dimensões (calibre, tamanho e morfologia, mas também o seu soquete) e o tipo de fogo. Uma munição pode estar disponível em versões diferentes, incluindo cargas e projéteis diferentes.
O conteúdo da parte útil pode variar muito dependendo do tipo de uso da arma:
Projéteis.
  • metralha,
  • bala apontou ponta. A ponta pode ser do tipo ogival, canto-vivo, semi canto-vivo, ogival de ponta plana, cone truncado, semi-ogival e de ponta oca.
  • bola redonda.
  • bala jaqueta, encamisada.
  • carga explosiva.
  • carga moldada.
  • carga química.
  • carga biológica.

História

Começando por volta de 700 dC, cientistas e os inventores na China antiga desenvolveram diferentes graduações de pólvora e inovaram diferentes tipos de armas de fogo incluindo lanças de fogo de alma lisa de um único tiro, armas de canos múltiplos, foguetes de artilharia de lançamento múltiplo e o primeiro canhão no mundo feito de bronze modelado.
A mais antiga representação de uma arma de fogo é uma escultura de uma caverna em Sichuan, na China. A escultura data do século XII e é de uma figura carregando um vaso em forma de uma bombarda com chamas e um bala de canhão saindo dela.2 A arma mais antiga, feita de bronze, foi datada de 1288, porque foi descoberta em um sítio do atual distrito de Acheng, Heilongjiang, China, onde os Yuan Shi registraram que batalhas foram travadas naquela época.3
Os europeus, árabes e coreanos, todos obtiveram armas de fogo no século XIV.Nota 2 Os turcos, iranianos e os indianos, todos tinham armas de fogo o mais tardar no século XV, em cada caso, direta ou indiretamente dos europeus. Os japoneses não as adquiriram até o ano de 1500, quando as adquiriram dos portugueses.
No período da renascença foram introduzidas as primeiras armas de fogo para combatentes individuais.4 Surgem armas como o arcabuz, o bacamarte e o canhão de mão. No período pré-Napoleônico e na época das guerras Napoleónicas surgem o mosquete e a espingarda de pederneira.4
O desenvolvimento concernente as armas de fogo foi acelerado durante os anos 1800 e 1900. O carregamento pela culatra tornou-se mais ou menos um padrão universal para o recarregamento da maioria das armas de fogo de mão e continua a sê-lo com algumas notáveis ​​exceções (como os morteiros). Em vez de recarregar os cartuchos individuais nas armas, cartuchos com várias munições foram adotados - esses proporcionavam um rápido recarregamento. Mecanismos de disparo automáticos e semi-automáticos significavam que um único soldado podia disparar muitas balas por minuto do que podia uma arma de fogo antiga no decorrer de uma batalha.
Na Guerra Mexicano-Americana (1846-1848), ambos os exércitos, americano e mexicano usavam mosquetes de alma lisa.5 Na Guerra da Secessão (1861-1865), foram usados concomitantemente o mosquete, de carregamento pela boca, o rifle e a carabina, de carregamento pela culatra.6 O Exército da União dispunha de mais rifles e carabinas, ao passo que o Exército Confederado dispunha de mais mosquetes durante o conflito, o que dava uma vantagem ao primeiro nas batalhas campais. No mesmo período, na Guerra do Paraguai (1864-1870), uma espingarda muito usada pelo Exército Brasileiro foi o Rifle Minié7 mas muitas tropas ainda usavam a espingarda de pederneira.7
Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), todos os países incorporaram o mecanismo de ação de ferrolho aos seus rifles.8 O rifle modelo 98 alemão é um exemplo deste tipo de arma. Os canhões dispunham de munição especializada, com cápsulas de alta explosão, tipo shrapnel, de gás e incendiárias.8 Mas a grande vedete deste conflito foi a metralhadora.9 As pistolas de mão, como a Luger, se destacaram no conflito, principalmente na guerra de trincheiras.10
Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), houve um grande desenvolvimento das armas de fogo. A submetralhadora, que já estava presente nos arsenais do mundo desde a década de 1930, tornou-se um equipamento muito utilizado.9 Entre os modelos mais populares citam-se as MP40 Schmeisser, Sten, Thompson, a finlandesa Suomi KP/-31 e a russa PPSh-41.
Ao partir do fim da segunda guerra, o fuzil de assalto transformou radicalmente o poder de fogo dos soldados de infantaria,11 Polímeros e ligas na construção de armas de fogo tornaram, progressivamente, os armamentos mais leves e portanto mais fáceis de ser transportados.11 A munição mudou ao longo dos séculos a partir de projéteis em forma de uma simples bola de metal que sacudia o cano da arma a cartuchos fabricados com altos padrões de tolerância. Especialmente no século passado, uma atenção especial foi dedicada a precisão e a mira para fazer das armas de fogo no geral muito mais precisas do que nunca. A precisão dos canhões foi melhorada significantemente com o advento da revolução digital e eletrônica.12 Mais do que qualquer fator, porém, as armas de fogo têm proliferado devido ao advento da produção em massa - permitindo que os fabricantes de armas possam produzir grandes quantidades de armamento com um padrão consistente.
Dito isto, o princípio básico por trás operação das armas de fogo permanece inalterado até hoje. A espingarda de vários séculos atrás, ainda é semelhante em princípio a um rifle de assalto moderno - usando a expansão dos gases para propelir projéteis a longas distâncias - embora de forma menos precisa e rápida.

Arma de fogo

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Revólver: exemplo de uma arma de fogo, que utiliza a energia de um propelente para o disparo.
Uma arma de fogo é um artefato que lança um ou muitos projéteis em alta velocidade através da queima de um propelenteNota 1 confinado. Este processo de queima subsônica é tecnicamente conhecido como deflagração, em oposição a combustão supersônica conhecida como detonação. Em armas de fogo mais antigas, o propulsor era tipicamente a pólvora negra ou a cordite, mas armas de fogo modernas usam a pólvora sem fumaça ou outros propelentes. A maioria das armas de fogo mais modernas (com a notável exceção das armas de alma lisa) tem canos estriados (ranhuras internas) para dar giro ao projétil visando dar melhor estabilidade ao vôo do mesmo.1 É imprescindível para o funcionamento letal da arma de fogo também a munição.1 O tiro esportivo é praticado com armas de fogo e é uma modalidade olímpica.